O Convento da Ajuda ocupava um grande terreno entre o Largo da Carioca e o Passeio Público. Além do prédio da residência das freiras, de um patíbulo e da igreja que realizava missas diárias, ainda existia ali um cemitério.
Antes do início das reformas de Pereira Passos (1902-06), o terreno do convento começou a aparecer no Jornal do Brasil, em meio a contendas com construtores imobiliários informais. Quando as obras de abertura da Avenida Central começaram, o convento apareceu cada vez mais. Então com seus 150 anos de vida, ele se tornou uma pedra no caminho do progresso. Entre idas e vindas de negociações, ele foi se desmantelando aos poucos. Foi perdendo terreno, altares, chafarizes, que tomaram outros rumos na cidade.
Nas fotos, sem autoria, podemos ver um pouco da transformação do espaço do Convento da Ajuda. Em 1911, seu ultimo prédio remanescente foi cedido para a Light and Power companhia elétrica. Hoje, nesse terreno, fica a Cinelândia.
A história do Convento da Ajuda é uma de tantas outras que nos fazem pensar sobre como reformas urbanas demolem, desmembram, desmontam e arruinam prédios religiosos. A pergunta que temos nos feito no @passagens.ufrj é: qual é o pós-vida de uma demolição?