No dia 27 de novembro, a pesquisadora Júlia Oliveira apresentará na 13ª SIAC a pesquisa “A vida social das materialidades remanescentes da Igreja de São Sebastião do Morro do Castelo”.
O trabalho está inserido no projeto de iniciação científica “Materialidades remanescentes: a vida social de objetos religiosos após a demolição de igrejas”, realizado pelo grupo de pesquisa Passagens/UFRJ, sob orientação do professor Dr. Rodrigo Toniol. O foco empírico é a Igreja de São Sebastião do Morro do Castelo, demolida em 1922 junto ao arrasamento do morro. O objetivo da pesquisa consiste na identificação e análise das reminiscências dos objetos que continuaram em circulação após a demolição da igreja, com o intuito de refletir acerca das disputas públicas que envolvem o processo de produção do espaço urbano. Os resultados tornaram possível a identificação de controvérsias quanto à demolição do Morro do Castelo e disputas políticas acerca das três relíquias históricas da cidade guardadas pela Igreja: o Marco da Fundação, a Lápide Tumular de Estácio de Sá e a imagem de São Sebastião. Com efeito, a investigação da vida social das materialidades remanescentes permitiu desvendar o papel central da Igreja de São Sebastião do Morro do Castelo na narrativa fundacional e na memória pública da cidade do Rio de Janeiro.